quinta-feira, 2 de setembro de 2010

saudade.

Acho sinistro como auto-titulamos algo com tanto amor forte e verdadeiro e depois sem que alguma pedra caia no nosso caminho tudo se vai como se jamais tivesse existido qualquer coisa, como se o Mundo nunca nos tivesse feito passar por tal experiência…
Depois existe aquela sensação de mar sem o cheiro a maresia, de inverno sem chuva, de praia sem areia… e quando o passado bate à porta e trás junto a si a saudade, dá um aperto no peito, uma falta de nada e uma vontade de quase tudo, desejas amor forte e intenso de novo e matar essa saudade, saudade essa de algo tão bom e bonito de se sentir. E quando o olhar se cruza existe aquela vontade de se olhar mais, de sorrir e inocentemente falar de saudade.
Saudade essa que traz a vontade imensa de um pequeno toque, de um contacto nem que esse seja única e só por telepatia. Saudade que bate e aperta, que deseja um abraço, um corpo junto ao outro, uns lábios saciados, umas mãos entrelaçadas…
S-A-U-D-A-D-E, escrita com as sete letras e definida com o maior e mais forte significado e sentido da palavra.
E não existe sentimento tão árduo e inquestionável que a saudade, que vem mesmo sem contar, que vem no momento mais alto e no mais baixo, que vem quando tudo esta bem e encaminhado e quando o amor parece já não existir.
E é nesse momento que uma troca de olhares sabe tão bem, é nesse único momento que um olhar sacia toda a saudade e mata toda a vontade de querer mais. E é esse olhar que transforma e mata todo o amor nem que seja por minutos, por vezes até horas, dias e anos…
Mas todo o verdadeiro amor nunca morre para sempre, tal como a saudade acaba sempre por voltar, seja ela forte ou apenas… um pouco de nada!
ritasilva.