sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

talvez não seja tarde.


Será que também te lembraste de mim da mesma forma que eu me lembrei de ti? Será que te lembras de todos os sorrisos, todas as palavras, todas as conversas, amuos e brincadeiras com toda a saudade igual à qual eu sinto? Será que sentes a minha falta quando te deitas? Será que lembras todas as vezes que adormeceste agarrado a mim?
A saudade corrói, porra! Todos os momentos que me lembro de ti vejo o teu olhar no meu, sinto as tuas mãos fortes e suaves, vejo o teu sorriso!
Não consigo me deitar sem me lembrar de todas as noites que passamos juntos, dos mimos e das brincadeiras. Enfim… Em tão pouco tempo vivemos uma imensidão de coisas, partilhamos mil e um sorrisos, desabafos, sentimentos. Por vezes pergunto-me até que ponto isto foi verdadeiro, até que ponto posso dizer que podia confiar na metade que eras de mim em todos os nossos momentos, até que ponto o teu sorriso era verdadeiro e as tuas palavras falavam a verdade.
Mas, por mais falso que fosse tenho saudades, foram momentos seguros enquanto aconteciam, foram coisas novas, foi magia, foi oxigénio, felicidade…
Cada toque transmitia apego, cada beijo era conforto, cada abraço era segurança.
Gostava de voltar atrás e fazer tudo outra vez, da mesma forma, com a mesma garra, com o mesmo apego, carinho e entrega. Não me arrependo de nada por mais que tenha chegado ao fim, foi tudo único e conseguiste proporcionar-me momentos que jamais me tinham proporcionado, soubeste jogar comigo e olhar nos meus olhos sempre com aquele brilho, com aquela cara … tu sabes, é inexplicável! É mesmo disso que tenho saudades, das tuas expressões que me tiravam do sério, das nossas discussões magníficas, saudades de tudo aquilo que vivemos sempre como se não houvesse mais nenhum dia, de estar deitada na cama de mãos dadas a “sonhar”, de nunca ter frio porque eras o meu cobertor, de acordar e ver se estavas bem, de adormecer com musica, de acordar sem almofada, de te dar mil e um beijos e ter sempre vontade de mais e mais. Foste sem dúvida o meu sorriso num curto espaço de tempo, mas pelo menos fizeste-me sorrir, e disso eu agradeço-te todos os dias da minha vida.
Eu sei que seremos sempre lembrados pelo bem e por pormos todo mundo a rir, pelos corações, pelos animais e afins. Em mim serás sempre relembrado da mesma forma, pela diferença que foste em mim.
Mas sabes? Um dia iremos cruzar-nos, um dia que não seja tarde demais.