segunda-feira, 16 de maio de 2011

palavras-soltas.

Por vezes sinto falta de qualquer coisa que me deixa numa imensa solidão, sinto falta de qualquer coisa que me aconchegue, que me deixe com um sorriso parvo, ou que simplesmente me faça amar.
Há uns tempos atrás sentia-me completamente concretizada, sentia que tudo girava a minha volta e que não havia pedra que me conseguisse deitar a baixo, não havia nenhuma tempestade que levasse tudo aquilo que me deixava tão segura de mim mesma.
Um dia abri a porta e vi que tudo estava diferente, faltava simplesmente aquele brilho do sol, ou até mesmo as poças de chuva que me mostravam o caminho tão simples até à minha próxima meta, estava perante o dia mais triste e vazio dos últimos tempos, era tudo tão cinzento e parecia que ninguém tinha saído à rua, sentia-me sozinha.
Foi-se tudo, como se uma folha de papel fosse levada pelo vento, foi assim, com essa facilidade toda que perdi o brilho mais forte dos meus olhos, o sorriso mais brilhante que havia em mim.
Não percebia bem o que tinha deixado de existir em mim, não sabia se me tinham tirado o amor, ou algum dos meus pilares de vida, não entendia, e ao longo da minha mais complicada caminhada encontrava simples pistas, ora uma lágrima, ora um passo mal dado e até uma gota de água da chuva que caia em mim como nunca antes tinha caído... Era sem dúvida das piores fases, mais uma tempestade se avizinhava, e desta vez eu tinha que estar preparada com todas as minhas forças, com os pés bem assentes na terra, pois não poderia haver qualquer vento que me levasse.
Agora, ao olhar para trás consigo tão facilmente aconselhar-me, consigo ver os meus erros, consigo dizer ponto por ponto o que estaria certo neste momento e os erros que poderia vir a cometer!
Mesmo quando a solidão vem e quer ficar bem por perto, eu consigo mesmo junto dela sorrir, consigo falar com ela e dizer-lhe que a sua maior característica é mesmo ficar só e ao estar junto de mim não será ela mesma, nem eu estarei só, e logo ela se vai, como se nunca tivesse vindo atormentar segundos da minha vida.
Por vezes precisamos de parar para pensar, precisamos de descartar sentimentos, de reconstruir a nossa personalidade, e principalmente crescer, crescer com os nossos erros, com as nossas boas acções e não olhar para os outros e querer o mesmo mal que nos atormenta a nós, pois a infelicidade deles, um dia pode ser a nossa e nesse momento tudo se rompe à nossa volta, parece que um vulcão vem e solta toda a sua lava e nos queima por dentro.
O mais fácil é pegar numa folha de papel e numa caneta e escrever, até que a vontade acabe, até que as palavras sejam escassas e sem sentido, essa é a solução…
rita silva

sexta-feira, 6 de maio de 2011

És o primeiro homem de quem gosto com todos os defeitos chapados na cara.



"Andamos nisto há anos, ele a fingir que está interessado em mim, mas não demasiado, e eu a tentar desistir dele. Já estivemos apaixonados, já namorámos, ele já acabou comigo duas ou três vezes, já recaímos outras tantas e agora não sei o que temos, se é um caso, uma historia mal resolvida, ou apenas um grande disparate, também não interessa. Não vale a pena procurar respostas para tanta confusão, o melhor é deixar correr."

Amar é outra coisa. É dar sem pensar, é sonhar o dia todo acordado e dormir sem nunca adormecer, é galgar distâncias com agilidade e destreza, é viajar sem sair de casa, escolher livros e programar surpresas, namorar o telefone à espera que ele toque, acordar depois de duas horas de sono com cara de bebé, sentir que somos invenciveis e que a perfeição está tão perto.