Ainda me lembro da última vez que te tive perto, ainda me consigo lembrar de sempre que tivemos juntos, sem esquecer um único segundo.
Explica-me como conseguiste mudar-me tanto, explica-me como com o nada que fizeste despertaste em mim tudo? Enfim, as coisas são mesmo injustas, e nunca pensei que me acontecesse algo tão impossível.
Não te sei definir, nem sei se te conheço, não sei definir o meu eu quando estou perto de ti, nem sequer consigo explicar o que sinto.
Nunca pensei que um dia pudesse ficar tão longe de ti…
Dantes a distância era pouca e eu sabia que poderia encontrar-te logo na próxima esquina que eu virasse. E agora? Vemo-nos quando? Já pensei em tudo, já imaginei o impossível. Talvez nos encontremos um dia num lugar bem longe, ou até noutro mundo.
Nunca foste o meu sonho, mas agora és o sonho que eu realizei por metade.
Nunca pensei em te querer comigo a todo o momento, em querer repetir tudo, em desejar perder-me para te ter… as palavras fogem, as definições são escassas.
Ainda não me consegui pôr em mim, pensar bem nesta situação, focar-me numa única coisa. A única coisa que consigo sentir é uma saudade bem apertada, que late bem juntinho do coração e me faz todos os dias acordar com o pensamento em ti, e adormecer contigo nos meus sonhos.
Não te amo, amor é uma palavra muito forte e acho que se o dissesse estaria a mentir. Simplesmente me apeguei a ti, do jeito mais natural possível, tão natural que nem consigo encontrar uma explicação exacta. Eu não sei se foi o teu olhar, se foi o teu toque, o teu cheiro, esse feitiozinho, ou até mesmo a junção disso tudo. Só sei que foste tu e continuarás a ser, não sei por quanto tempo, mas sei que por algum pelo menos será.
Nunca irei esquecer nada, nem mesmo os momentos menos bons, irei guardar-te no meu pensamento como sempre o fiz, no meu coração e numa caixinha que tenho para guardar as pessoas mais especiais da minha vida.
Um dia, num país bem distante, numa rua longa, num dia de inverno, irás aquecer o meu coração.
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